O avanço da IA e o novo desafio ético dos jurídicos

A inteligência artificial chegou ao setor jurídico com força total — e junto dela, novos dilemas éticos. Ferramentas baseadas em IA estão transformando a forma como contratos são analisados, petições são escritas e tarefas repetitivas são automatizadas. Mas essa revolução vem acompanhada de riscos. Em 2023, um advogado norte-americano foi sancionado por enviar à Justiça uma petição com citações falsas geradas por uma IA pública — um caso que mostrou a importância de sempre revisar o conteúdo automatizado antes de submetê-lo. Como destacado em 76% dos departamentos jurídicos já usam IA generativa — você vai ficar para trás?, a IA já é uma realidade no Direito, mas usá-la com responsabilidade é o que separa a inovação da imprudência.

Confidencialidade em risco: onde está a linha vermelha

Um dos pontos mais críticos é a confidencialidade. Muitos profissionais ainda não percebem o risco de inserir informações sensíveis de clientes em ferramentas abertas de IA. Quando um contrato, parecer ou petição é colado em um sistema público, esses dados podem ser armazenados em servidores externos e até usados para treinar modelos futuros. É por isso que vários escritórios e departamentos jurídicos impuseram restrições severas ao uso dessas ferramentas. Como mostra o artigo IA e o futuro do jurídico: quando a inovação encontra a ética, a adoção tecnológica deve caminhar lado a lado com a proteção da confidencialidade, sob pena de violar deveres profissionais fundamentais.

Regulamentações e boas práticas em construção

A regulamentação sobre o uso ético da IA ainda está em formação. No Brasil, a OAB já discute diretrizes específicas, enquanto a União Europeia avança com o AI Act, uma lei abrangente para controlar o uso responsável da tecnologia. No contexto corporativo, cresce o movimento por políticas internas que garantam segurança de dados e validação humana antes de qualquer decisão automatizada. Essa abordagem é reforçada em Automação jurídica: como a tecnologia está revolucionando escritórios de advocacia, que destaca a importância de manter o advogado no centro das decisões, mesmo em ambientes altamente tecnológicos.

Um mini código de conduta para usar IA com segurança

Diante desse cenário, alguns princípios já se consolidam como boas práticas. Primeiro: sempre revisar os resultados da IA — ela pode errar, e o profissional é quem responde pelo conteúdo. Segundo: nunca inserir informações confidenciais em sistemas públicos. Terceiro: preferir soluções privadas ou on-premise, que garantam que os dados não saiam do ambiente da organização. E, por fim, obter consentimento do cliente se o uso da IA afetar diretamente seu caso. Seguir essas diretrizes é essencial para equilibrar inovação e ética, algo cada vez mais valorizado por clientes corporativos.

IA com responsabilidade: o modelo seguro da Looplex

Looplex foi projetada para permitir o uso de IA de forma segura e ética. Diferente de ferramentas públicas, suas automações e módulos de análise funcionam em ambientes privados, protegidos e isolados — o que impede qualquer exposição de dados sensíveis. Toda inteligência artificial na Looplex opera sob o conceito de human-in-the-loop: o advogado está sempre no comando, revisando e aprovando os resultados antes da execução. Isso garante não apenas conformidade com normas de confidencialidade, mas também responsabilidade profissional em cada etapa do processo (como detalhado em Gestão de documentos e e-mails com IA: a revolução da Looplex em parceria com a M4Law).

Ética e eficiência podem andar juntas

A inteligência artificial pode — e deve — ser uma aliada do jurídico, desde que usada com critério. Como explica Do contrato à petição: por que automatizar todo o ciclo de documentos jurídicos, a tecnologia tem o poder de eliminar tarefas repetitivas e liberar tempo para atividades mais estratégicas. Mas inovação sem ética é um risco que o advogado não pode correr. O futuro pertence aos profissionais que conseguem equilibrar velocidade, precisão e responsabilidade. E com soluções seguras como as da Looplex, é possível colher o melhor da IA — sem abrir mão da confidencialidade, da confiança e da ética que definem a advocacia.