Em muitos jurídicos, cada documento é tratado como uma peça isolada. O contrato nasce de um modelo em Word, o aditivo é feito manualmente, a petição é copiada de um caso anterior. No fim, o que deveria ser um fluxo coeso vira um quebra-cabeça de arquivos soltos, com dados repetidos, versões confusas e risco de inconsistência.
O ciclo de vida de um documento jurídico é mais conectado do que parece. Um contrato pode gerar cláusulas para um aditivo, informações que alimentam uma petição ou dados que precisam ser controlados em planilhas externas. Quando esse ciclo não está automatizado, a perda de tempo e a chance de erro aumentam.
A automação do ciclo completo — conhecida como CLM (Contract Lifecycle Management) — permite que os dados fluam entre os documentos, sem retrabalho. Isso significa que ao preencher um contrato, o sistema já prepara a base de um aditivo ou uma petição futura, reaproveitando informações e reduzindo o tempo de resposta do time jurídico.
Outro benefício é a gestão do acervo documental. Com um repositório centralizado, versionamento automático e workflows de aprovação, o time jurídico deixa de ser gargalo e passa a ser facilitador. Isso representa uma virada cultural na forma de enxergar a produção jurídica — de atividade artesanal para operação estratégica.
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